A física quântica, a cibernética, os avanços da biologia, dentre outros campos, demonstram, com numerosos exemplos, os limites da perspectiva científica analítica, estabelecendo a necessidade de uma perspectiva complexa, que explica as propriedades emergentes das relações entre elementos sistêmicos, em variados graus de interação. As classes dominantes já se apropriaram das novas ciências da complexidade porque precisam delas para conhecer a realidade complexa e manter a acumulação do capital gerado pela reprodutibilidade do seu metabolismo social. Para o reconhecimento e posterior mitigação/superação de problemas socioambientais no contexto do sistema capitalista, a dialética e a complexidade são fundamentais, pois permitem o estudo das contradições a partir de uma visão de totalidade aberta, capaz de vislumbrar alternativas sistêmicas que contemplem o desenvolvimento humano e a sustentabilidade ambiental. Organizadores: Guilherme Vieira Dias é Doutor em Ciências do Meio Ambiente (UERJ) e professor do IFF. José Glauco Ribeiro Tostes é Doutor em Química (UNICAMP) e professor aposentado da UFF e da UENF. Elza Neffa é Doutora em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (UFRRJ) e professora da UERJ.